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Epilepsia canina: o que é, sintomas e tratamento

Epilepsia canina

Guia Rápido

Tipo de doença

Distúrbio neurológico

Principais sintomas da epilepsia canina

Movimentos bruscos ou de remada dos membros e movimentos de mastigação, perda de consciência, queda lateral com os membros bem estendidos, cabeça virando para um lado, espasmos ou contrações dos músculos da face ou dos membros, formigamento e alucinações visuais (perseguição da cauda, mastigação dos membros, escavação compulsiva ou “morder moscas”)

Tratamento para epilepsia canina

Não há cura, mas as crises podem ser controladas com medicamentos. Nem todos os cães com epilepsia, no entanto, precisam de tratamento

Como prevenir

O tratamento com medicamentos ajuda a reduzir o número e a intensidade das crises de epilepsia em cães

O que é?

A epilepsia canina, chamada epilepsia verdadeira (ou idiopática), é a causa mais comum de convulsões repetidas e sem uma causa definida em cachorros, responsável por cerca de 30% dos casos. Essas crises convulsivas são causadas por uma descarga elétrica anormal e excessiva no cérebro do animal, que acontece sem ter uma causa conhecida.

Como resposta a essa descarga elétrica, ocorrem alterações neurológicas (inconsciência) e musculares rítmicas – a musculatura fica se alternando entre períodos sucessivos de tônus e de relaxamento, o que resulta nos movimentos bruscos característicos de uma convulsão. A intensidade dos eventos causados pela epilepsia canina pode variar bastante de um animal para outro.

O primeiro episódio de convulsão em cachorro costuma acontecer entre 6 meses e 3 anos de idade, mas não é incomum que as crises comecem com 5 anos ou mais para alguns animais. Relatos clínicos apontam ainda que, quanto mais jovem o animal for à época da primeira crise, mais difícil será controlar a doença.

Embora a frequência varie bastante, as convulsões tendem a ocorrer em intervalos regulares, com semanas ou meses entre as crises. E, conforme vai envelhecendo, a epilepsia vai se agravando e os episódios acontecem em intervalos menores e com mais gravidade, principalmente nas raças grandes.

Sintomas

Dias ou horas antes de uma crise causada pela epilepsia canina, o animal pode apresentar comportamentos incomuns, como inquietação ou ansiedade. Os sinais que costumam aparecer no momento imediatamente antes da convulsão em cachorro são:

Como identificar convulsão em cachorro

A epilepsia canina, ou idiopática, se manifesta de duas maneiras: com convulsões generalizadas ou focais. Na primeira, a descarga elétrica afeta todo o corpo com aumento extremo da tensão nos músculos (tônus muscular). O animal costuma cair de lado com os membros bem esticados e rijos. Na sequência, começa um ciclo de revezamento entre tônus e relaxamento, que causa movimentos bruscos, de remada dos membros ou de mastigação.

As convulsões focais são menos comuns e, em alguns casos, podem evoluir para a generalizada. Elas atingem apenas regiões específicas do corpo, como a face ou algum membro.

Na grande maioria dos casos, durante a convulsão em cachorro, o animal está inconsciente, mesmo se mantiver os olhos abertos. Mas alguns deles têm versões mais amenas das crises da epilepsia canina e podem ficar conscientes durante todo o episódio, que dura de 1 a 2 minutos.

Na epilepsia idiopática focal (que afeta regiões do corpo), as manifestações costumam incluir movimento de ficar virando a cabeça de um lado para o outro, espasmos da musculatura facial ou dos membros, formigamento, dor ou alucinações visuais, que levam a comportamentos como perseguição da própria cauda e mastigação das patas.

Em situações mais incomuns o cachorro pode ter sinais como vômito, diarreia, desconforto abdominal, salivação excessiva, deglutição repetitiva e lambedura compulsiva de tapetes ou do próprio chão. Esses sintomas podem durar horas. Algumas raças, como os labradores e os poodles em miniatura, costumam ter uma versão mais leve da generalizada, que permite que eles fiquem alertas, porém ansiosos e com uma postura agachada, fortes tremores e perda de equilíbrio.

Causas

Pouco se sabe sobre a causa da epilepsia canina. Tudo indica que, ao menos para boa parte das raças, a condição tenha fundo genético e seja transmitida de geração para geração.

Independente do tipo de manifestação da epilepsia canina, os cachorros estão aparentemente normais e saudáveis no período entre um episódio e outro. Eles não demonstram nenhum tipo de mudança comportamental ou alterações e lesões neurológicas – que poderiam, por exemplo, ser associadas com a ocorrência das crises. Por isso, acredita-se que a condição tenha origem genética.

Até o momento, no entanto, essa relação hereditária só teve comprovação científica, ou apresentou indícios fortes o suficiente, em algumas raças. São elas:

Tratamento e Prevenção

Diagnóstico e tratamento da epilepsia canina

O papel do tutor é imprescindível no diagnóstico da epilepsia canina. Fique atento e, sempre que possível, anote os detalhes dos episódios de convulsão em cachorro ou que indiquem alguma mudança na rotina: duração das crises, alterações de comportamento, relação da crise com algum tipo de atividade (exercício, alimentação…), mudanças no padrão de sono, de alimentação e do funcionamento dos sistemas digestivo e urinário e possíveis perdas ou ganhos de peso.

Todas as informações que você puder coletar podem ajudar o veterinário a chegar a um diagnóstico. Além disso, exames laboratoriais completos, físicos, oftalmológicos e neurológicos podem ser solicitados para confirmar a epilepsia canina – e excluir outros distúrbios que também podem causar convulsões. Infecções virais como a cinomose e a parvovirose apresentam o mesmo sintoma, assim como hipoglicemias, tumores e intoxicação.

O tratamento da epilepsia canina é feito com o uso de remédios anticonvulsivantes, mas nem todo animal epiléptico precisa necessariamente ser medicado. A terapia não costuma eliminar por completo as crises, mas pode reduzir em até 80% a frequência e gravidade da convulsão em cachorro.

Como prevenir a epilepsia canina

Da mesma forma que não se sabe muito sobre a causa da epilepsia canina, a forma de prevenir convulsão em cachorro não é clara – ou seja, não existe uma resposta.

Acredita-se que a epilepsia idiopática tenha um fundo genético. Como não é possível identificar a causa exata do distúrbio, ainda não se sabe como preveni-lo.

Alguns distúrbios, no entanto, levam a crises convulsivas não-epilépticas, com causas diversas. Geralmente são toxinas, doenças metabólicas, malformações congênitas, neoplasias, doenças inflamatórias, vasculares ou metabólicas de depósito e condições degenerativas.

O mais importante é estar sempre atento ao comportamento e sinais que seu animal fornece. Caso note algo fora do normal ou presencie uma convulsão em cachorro, procure imediatamente um veterinário para auxiliar no diagnóstico e tratamento do problema.

Gostou do artigo? Se seu pet foi diagnosticado com algum problema, contratar um plano de saúde para cachorro pode ser uma opção.

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